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12/9/2025      10:35:35

 

 

Segurança, soluções que se apresentam "inteligentes" e o papel de todos

Por: da Redação 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Câmeras nas entradas, porteiros atentos, muros altos e sensores de presença. À primeira vista, parece que a segurança dos condomínios está garantida. No entanto, na avaliação de um empresário que atua em serviços de segurança patrimonial, na prática, falhas simples e muitas vezes ignoradas podem abrir as portas (literalmente) para riscos como furtos, invasões e até situações de violência.

 

Humberto Watanabe, da Ghaw Serviços Gerais, acredita que risco é maior e mais próximo do que se imagina. Ainda conforme o empresário, 70% dos furtos em condomínios ocorrem com algum tipo de falha no controle de acesso. A maioria dos invasores age entre 14h e 18h, quando há menos vigilância. Apenas 38% dos condomínios realizam treinamentos periódicos com seus funcionários.

 

"A maioria dos condomínios ainda atua no improviso quando o assunto é segurança. É comum encontrarmos locais com excelente infraestrutura, mas com falhas graves de protocolo, treinamento e envolvimento dos moradores", afirmou Watanabe.

 

Da confiança à falta de planejamento

 

Entre os equívocos mais frequentes, Watanabe destacou a ausência de um plano de segurança integrado. “Sem uma estratégia clara, baseada em avaliação de riscos, qualquer sistema de segurança perde força. É como um carro potente, mas sem motorista”, comparou.

 

Outro ponto crítico na visão do empresário é o treinamento de funcionários, como porteiros e vigilantes, que são a linha de frente contra ameaças, mas muitas vezes estão despreparados para agir sob pressão. “Treinamentos práticos e simulações reais devem fazer parte da rotina”, alertou.

 

Mal uso da tecnologia

 

E o que dizer da famosa confiança no porteiro "de casa"? Segundo Watanabe, esse é um erro clássico: “Por conhecer os moradores, alguns porteiros relaxam na checagem. É aí que oportunistas agem. Familiaridade nunca deve substituir protocolo”, disse.

 

A negligência se estende também ao uso de tecnologias. Câmeras mal posicionadas, com imagens ruins ou sem gravação útil, são comuns. “As pessoas investem em equipamentos caros, mas esquecem da manutenção e da estratégia de instalação”, aponta.

 

Portaria física, virtual ou híbrida?

 

A escolha entre portaria tradicional e soluções tecnológicas, como a portaria remota, levanta dúvidas em muitos condomínios. Para Watanabe, a melhor escolha depende do perfil dos moradores e da estrutura existente. “A portaria virtual reduz custos e é altamente eficaz quando bem implementada. Mas requer uma boa infraestrutura de internet e energia, além de uma curva de adaptação para alguns moradores”, opinou o empresário.

 

Já a portaria física continua sendo preferida por quem valoriza o contato humano. “É especialmente útil para moradores idosos ou em locais onde o tempo de resposta é crucial”, avaliou Watanabe. A solução ideal? Muitas vezes, é o modelo híbrido: porteiro em horários de pico, combinado com sistemas remotos no restante do tempo.

 

Tecnologia: poderosa, mas não infalível

 

Watanabe destacou que as câmeras de segurança são essenciais, mas não fazem milagre. “Elas não impedem um crime por si só. Precisam estar bem-posicionadas, com boa imagem e gravando constantemente. E devem ser parte de um sistema mais amplo, com controle de acesso, alarmes e vigilância ativa”, defendeu.

 

Os locais prioritários para instalação incluem portarias, garagens, corredores e rotas de fuga. “Áreas esquecidas, como escadas de emergência, muitas vezes são usadas por invasores”, alertou o empresário que atua com segurança patrimonial.

 

Grupos de mensagens

 

Sim, a comunicação digital é indispensável na vida condominial. Mas requer cuidados. “Compartilhar rotina, documentos ou informações de segurança em grupos abertos é um convite ao risco”, ponderou o especialista. Para Watanabe, o ideal é usar aplicativos de gestão com login autenticado e manter o foco dos grupos nos temas relevantes - nada de correntes, piadas ou discussões acaloradas.

 

Condomínios pequenos

 

Engana-se quem pensa que prédios com poucas unidades estão imunes a ameaças. “Criminosos sabem que nesses locais há menos vigilância e mais confiança entre vizinhos. Por isso, soluções acessíveis como portaria remota, câmeras com acesso pelo celular e redes de vizinhança são altamente recomendadas”, disse Watanabe.

 

Engajamento dos moradores

 

De nada adianta porteiros bem treinados, câmeras de última geração e sistemas modernos se os próprios moradores ignoram as regras. Para o especialista, segurança começa com cultura. “É fundamental envolver os condôminos com campanhas, comunicados e assembleias temáticas. Quando todos entendem que têm responsabilidade no processo, o resultado aparece.”

 

Ameaça interna

 

Casos de violência, ameaças ou conflitos dentro do condomínio devem ser tratados com seriedade. “É obrigação da administração acionar a polícia em situações graves. Tentar resolver internamente pode resultar em omissão”, sugeriu o CEO da empresa de facilities Ghaw. O síndico deve manter neutralidade, registrar os fatos e, se necessário, rever os protocolos.

 

Investimento em segurança

 

Conforme o empresário, a segurança condominial exige um olhar estratégico, treinamento contínuo, uso inteligente da tecnologia e, segundo ele “acima de tudo” comprometimento coletivo. “A verdadeira segurança nasce do equilíbrio entre tecnologia, preparo humano e consciência dos moradores. Não existe fórmula mágica, mas sim um conjunto de boas práticas que, aplicadas com seriedade, fazem toda a diferença”, concluiu.

Foto (Arquivo)

Ainda conforme o empresário, 70% dos furtos em condomínios ocorrem com algum tipo de falha no controle de acesso

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