MERCADO
3/10/2024 10:39:00
Consórcio para condomínios é lançado como novidade ao segmento
Por: da Redação
Após quatro anos de projeto piloto em Londrina/PR, iniciativa de consórcio para condomínios, considerada exclusiva, é implementada no País
Para um síndico de um condomínio vertical com 187 unidades e 450 moradores em Londrina, no norte do Paraná, Luciano Oliveira, chegou o momento de tornar o empreendimento mais verde. Após instalar sistemas de captação de água de chuva, a ideia era implantar fontes de energia fotovoltaica para gerar mais economia e sustentabilidade.
Ao pesquisar opções a fim de obter o capital necessário para a aquisição de painéis solares, Oliveira descobriu um consórcio para condomínios. “Fiz uma simulação de empréstimo em três diferentes instituições bancárias e os juros estavam muito altos. Nem acreditei quando me apresentaram o consórcio. Além da taxa administrativa ser pré-fixada e bem reduzida, a modalidade ainda garantia em contrato a contemplação em até 4 meses, o que se encaixava no que estávamos precisando”, revelou o síndico.
Um mês após a instalação do novo sistema de geração de energia solar no empreendimento, a economia já foi perceptível. “O que antes pagávamos para a companhia elétrica, agora vai para saldar as parcelas do consórcio. O payback foi muito rápido”, completou Oliveira.
De acordo com a BR Consórcios, que desenvolveu o Condofaz - resultado da sociedade entre o Consórcio União e a Rodobens, o condomínio de Oliveira foi um dos atendidos em Londrina. A empresa criou em 2020 o primeiro consórcio para condomínios do Brasil, de olho nos 80 milhões de brasileiros que residem em mais de 520 mil conjuntos habitacionais que geram cerca de R$ 190 bilhões anualmente com serviços de manutenção, limpeza e taxas de administração
A empresa divulgou que com a alta demanda - em quatro anos, o Condofaz já cresceu 246% -, o produto, que inicialmente atendia apenas Londrina, agora será expandido para todo o Brasil.
Segundo José Roberto Luppi (foto), diretor Comercial da BR Consórcios, “condomínios dificilmente têm acesso a crédito bancário e acabam recorrendo à chamada de capital para conseguir realizar obras, manutenções e melhorias. Pensamos então em um produto exclusivo, que evitasse essa descapitalização. O consórcio é uma alternativa à necessidade de mexer no fundo de reserva ou fazer chamada de capital”, afirmou.
Conforme a empresa, atualmente, com 260 cotas ativas, além de 177 já contempladas, e um ticket médio de R$ 56 mil reais, o Condofaz pretende ser comercializado em todo Brasil exclusivamente pelas marcas associadas à BR Consórcios - Consórcio União, Consórcio Araucária, Consórcio Santa Emília, Consórcio Lyscar, Mapfre Consórcios e Lojacorr Consórcios.
Para a aquisição das cotas, é necessária aprovação dos moradores em assembleia e a liberação de crédito é feita por meio da apresentação de notas fiscais e cronograma de obras. O Condofaz anunciou que conta com créditos entre R$ 15 mil a R$ 600 mil reais, e prazos de 36 a 194 meses.
“Nessa operação não é necessário alienar um bem móvel ou imóvel e as parcelas são adequadas aos objetivos do condomínio. Então, com um baixo investimento mensal, é possível se programar e se realizar reformas, manutenções e ampliações para valorizar o imóvel e melhorar a qualidade de vida dos moradores”, defendeu Luppi.
Além da modalidade tradicional, em que se explora a contemplação por lance ou sorteio, a BR Consórcios tem o MCA (Modalidade de Contemplação Acelerada), uma possibilidade que oferece a contemplação em até quatro meses. “Assim, não é preciso aguardar um prazo longo para promover as melhorias necessárias no empreendimento”, contou o diretor Comercial da empresa.
A expectativa de crescimento do consórcio imobiliário no Brasil, ainda em 2024, é de 45%. “É uma modalidade nova no mercado imobiliário, mas inédita, segura e muito promissora. Sabemos que irá crescer de forma exponencial quando o mercado entender todos os benefícios que proporciona”, concluiu Luppi.
Arquivo
Para síndico que optou pelo consórcio, um mês após a instalação do novo sistema de geração de energia solar no empreendimento, a economia já foi perceptível.
Divulgação
“Condomínios dificilmente têm acesso a crédito bancário e acabam recorrendo à chamada de capital para conseguir realizar obras, manutenções e melhorias"