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17/9/024      10:27:17

 

 

Sesc: Terra de Gigantes traz arte de lideranças negras e indígenas

Por: da Redação

 

Imersiva e interativa, a videoinstalação com concepção e curadoria de Daniel Lima ocupa o espaço expositivo do Sesc Casa Verde, a partir do dia 21 de setembro, com cenas de personalidades como Davi Kopenawa Yanomami e Naruna Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com abertura em 21 de setembro e visitação até 22 de dezembro de 2024, a exposição Terra de Gigantes convida o público do Sesc Casa Verde a uma imersão em um novo mundo possível e inspiração ao visitante a pensar em uma contemporaneidade e um porvir afroameríndio. Com concepção e curadoria do artista, editor e pesquisador Daniel Lima, a mostra se desdobra em uma videoinstalação composta por onze cenas, incluindo intervenção poética e ateliê educativo, que exaltam as forças poéticas, simbólicas e mitológicas interseccionais entre as culturas negras e indígenas no Brasil.

 

Repleta de recursos audiovisuais desenvolvidos especialmente para promover uma vivência interativa, sensorial e singular, a mostra tem como inspiração atrações de parques temáticos como trem-fantasma e labirinto de espelhos. Ao longo do percurso, o espectador é provocado por uma série de projeções geradas a partir de sensores óticos acionados por presença: às vezes gigante, às vezes minúsculo, em um trajeto de luzes e vislumbres fantásticos evocados por personagens, performances, entrevistas e criações visuais.    

 

São protagonistas das cenas 12 artistas, coletivos e lideranças: Katú Mirim, rapper indígena paulista; Davi Kopenawa Yanomami, importante liderança yanomami e autor do livro “Queda do Céu”; Legítima Defesa, coletivo de atores e atrizes negros; Naruna Costa, atriz, cantora e diretora teatral que interpreta o texto “Da Paz”, de Marcelino Freire; Jota Mombaça, artista performática; Jonathan Neguebites, dançarino de passinho carioca; Daiara Tukano e Denilson Baniwa, artistas da cena da arte indígena contemporânea brasileira; a presença musical central de Naná Vasconcelos; cantos  gravados por Juçara Marçal e Daiara Tukano, além da intervenção poética de Miró da Muribeca, poeta e performer pernambucano.

 

 

 

“Terra de Gigantes tem como proposição cruzar essas gerações de artistas negros e indígenas para questionar um ideário brasileiro contemporâneo, reivindicando outra imagem de Brasil, não a criada pelo Modernismo a partir da perspectiva branca”, defendeu Daniel Lima.  

 

Segundo o curador, a exposição nasceu de um processo de pesquisa, autoeducação e investigação sobre o quilombismo que começou há anos, em projetos anteriores capitaneados por ele, como Quilombo Brasil, e a videoinstalação Palavras Cruzadas (2018/19), que deram as bases técnicas e poéticas do projeto atual.

 

“Terra de Gigantes é uma expressão de questionamentos sobre o momento histórico que vivemos. Um documento vivo de forças que nos constituem como sociedade contemporânea no Brasil. A videoinstalação investe também na representação das forças opressivas que nos cercam como fogo ao redor. Em contraste, posicionamos as linhas de resistências articuladas neste imaginário político-poético”, concluiu o curador.

 

Interação e acessibilidade

 

Um dos destaques da exposição, cujo gigantismo simboliza seu título, a intervenção de Davi Kopenawa Yanomami surge projetada em uma escala aumentada em 800%. A partir de excertos de seu livro A Queda do Céu, Kopenawa fala sobre a força de resistência que existe não só em sua figura, mas na cultura do povo yanomami que, simbolicamente, por meio da dança de seus xamãs, garante que o céu permaneça sobre as cabeças e não caia.

 

A série “Kahpi Hori” da artista indígena Daiara Tukano ganha animação em formato tridimensional em uma sala de imersão visual e sonora. Imerso em um cubo com projeções mapeadas nas paredes e no piso e sonorizado com cantos entoados pela própria artista, o público vivencia um mergulho no universo simbólico de uma das expressões da arte indígena contemporânea brasileira.

 

Na performance corporal Get Up, Stand Up do Legítima Defesa, os integrantes do coletivo, divididos em três grupos e sem emitir falas, desafiam o público com gestos de afirmação através de projeção que responde à interatividade, criando um jogo de ações e movimentos com o espectador.

 

A exposição conta com recursos de acessibilidade como mapa tátil, legendas em braile, tinta ampliada, audiodescrição, videoguia, audioguia e recursos tecnológicos como o vibroblaster, que transforma o áudio em vibrações sensíveis. A exposição conta também com um ateliê educativo aberto ao público com atividades mediadas e um espaço de leitura.

 

Serviço

 

EXPOSIÇÃO: Terra de Gigantes

 

ONDE: Sesc Casa Verde, na avenida Casa Verde, 327, Casa Verde, São Paulo.

Telefone: (11) 2238-3300. 

 

QUANDO: 21 de setembro (às 11h) a 22 de dezembro. De terça à sexta-feira, das 10h e 30m às 18h e 30m. Sábados, domingos e feriados, das 10h e 30m às 17h e 30m.

 

QUANTO: entrada gratuita.

 

ACESSIBILIDADE: mapa tátil, legendas em braile, tinta ampliada, audiodescrição, videoguia, audioguia e vibroblaster. A mostra Terra de Gigantes contém sequências luminosas e sonoras que podem afetar os visitantes com sensibilidade a luz e som.

 

CLASSIFICAÇÃO: livre.

 

AGENDAMENTO DE GRUPOS: agendamento.casaverde@sescsp.org.br

Gil Souza (Divulgação)

Legítima Defesa, coletivo de atores e atrizes negros

Gil Souza (Divulgação)

Denilson Baniwa, artista da cena da arte indígena contemporânea brasileira

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